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Archive for the ‘Maternidade’ Category

Você que é mãe e antenada, sabe que está acontecendo o mamaço real/virtual. Tudo porque uma mãe foi impedida de amamentar em uma exposição do Itaú Cultural (entenda mais sobre o caso aqui). Minha pequena participação nesse movimento são algumas fotos amamentando a Beatriz. Confesso que fiquei com MUITA saudade desse momento tão mágico!

Primeira mamada da Bia, ainda na UTI Neonatal. Prematura, com 33 semanas, não teve dificuldades para mamar, graças a Deus!

Já em casa, com um mês de vida.

5 meses de pura fofura!

Esse é o único olhar com quem nós, mães, devemos nos preocupar…

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Texto verdadeiro e muito bem redigido por algumas mães do grupo Futuro do Presente. Faço minha pequena parte ao compartilhá-los com vocês e peço que também o divulguem aos seus contatos. Afinal, quem não deseja um mundo melhor para nossos filhos?

 

Que futuro terão nossos filhos?

Aproveitamos o sentimento de indignação e tristeza que nos abalou nos últimos dias para convoca-los para uma mobilização pelo futuro das nossas crianças. A tragédia absurda ocorrida na escola em Realengo (Rio de Janeiro) é resultado de uma estrutura complexa que tem regido nossa vida em sociedade. O problema vai muito além de um sujeito qualquer decidir invadir uma escola e atirar em crianças. Armas não nascem em árvores.

A coisa está feia: choramos por essas crianças, mas não podemos nos deixar abater pelo medo, nem nos submeter aos valores deturpados que têm regido nossa sociedade propiciando esse tipo de crime. Não vamos apenas chorar e reclamar: vamos assumir nossa responsabilidade, refletir, trocar ideias e compartilhar planos de ação por um futuro melhor. Então, mães e pais, como realizar uma revolução que seja capaz de mudar esses valores sociais inadequados?

Vamos agir, fazer barulho, promover mudanças! Acreditamos na mudança a longo prazo. Precisamos começar a investir nas novas gerações: a esperança está na infância. Vamos fazer nossa parte: ensinar nossos filhos pra que façam a deles.

Se desejamos alcançar uma paz real no mundo,

temos de começar pelas crianças. Gandhi

O que estamos fazendo com a infância de nossas crianças?

Com frequência pais e mães passam o dia longe dos filhos porque precisam trabalhar para manter a dinâmica do consumo desenfreado. Terceirizam os cuidados e a educação deles a pessoas cujos valores pessoais pensam conhecer e que não são os valores familiares. Acabamos dedicando pouco tempo de qualidade, quando eles mais precisam da convivência familiar. Assim, como é possível orientar, entender, detectar e reverter tanta influência externa a que estão expostos na nossa longa ausência? Estamos educando ou estamos nos enganando?

O que vemos hoje são crianças massacradas e hiperestimuladas a serem adultos competitivos desde a pré-escola. Estão constantemente expostos à padronização, competição, preconceito, discriminação, humilhação, bullying, violência, erotização precoce, consumo desenfreado, culto ao corpo, etc.

O estímulo ao consumo desenfreado é uma das maiores causas da insatisfação compulsiva de nossa sociedade e de tantos casos de depressão e episódios de violência. Daí o desejo de consumo ser a maior causa de crime entre jovens. O ter superou o ser. Isso porque a aparência é mais importante do que o caráter. Precisamos ensinar nossos filhos que a felicidade não está no que possuímos, mas no que somos. Afinal, somos o exemplo e eles repetem tudo o que fazemos e o modo como nos comportamos. E o que ensinamos a nossos filhos sobre o consumo? Como nos comportamos como consumidores? Onde levamos nossos filhos para passear com mais frequência? Em shoppings?

Quanto tempo nossos filhos passam na frente da TV? 10 desenhos por dia são 5 horas em frente à TV sentados, sem se movimentar, sem se exercitar, sendo bombardeados por mensagens nem sempre educativas e por publicidade mentirosa que incentiva o consumo desde cedo, inclusive de alimentos nada saudáveis. Mais tempo do que passam na escola ou mesmo conosco que somos seus pais!

Porque os brinquedos voltados para os meninos são geralmente incentivadores do comportamento violento como armas, guerras, monstros, luta? A masculinidade devia ser representada pela violência? Será que isso não contribui para a banalização da violência desde a infância? Quando o atirador entrou na escola com armas em punho, as crianças acharam que ele estava brincando.

Nós cidadãos precisamos apoiar ações em que acreditamos e cobrar do Estado sua implementação, como o controle de armas, segurança nas escolas, mudança na legislação penal, etc. Mas acima de qualquer coisa precisamos de pessoas melhores. Isso inclui educação formal e apoio emocional desde a infância. É hora de pensar nos filhos que queremos deixar para o mundo, para que eles possam começar a vida fazendo seu melhor. Criança precisa brincar para se desenvolver de forma sadia. É na brincadeira que elas se descobrem como indivíduos e aprendem a se relacionar com o mundo.

Nós pais precisamos dedicar mais tempo de convivência com nossos filhos e estar atentos aos sinais que mostram se estão indo bem ou não. Colocamos os filhos no mundo e somos responsáveis por eles! Eles precisam se sentir amados e amparados. Vamos orientá-los para que eles sejam médicos por amor não por status, que sejam políticos para melhorar a sociedade não por poder, funcionários públicos por competência e não pela estabilidade, juízes justos, advogados e jornalistas comprometidos com a verdade e a ética, enfim!

Precisamos cobrar mais responsabilidade das escolas que precisam se preocupar mais em educar de verdade e para um futuro de paz. Chega de escolas que tratam alunos como clientes.

Não temos mais tempo a perder. Ou todos nós, cedo ou tarde, faremos parte da estatística da violência. Convidamos todos a começar hoje. Sabemos que não é fácil. E alguma coisa nessa vida é? Vamos olhar com mais atenção para nossos filhos, vamos ser pais mais presentes, vamos cobrar mais da sociedade que nos ajude a preparar crianças melhores para um mundo melhor!

Nossa proposta aqui é de união e ação para promover uma verdadeira mudança social. A mudança do medo para o AMOR, do individualismo para a FRATERNIDADE e para a EMPATIA, da violência para a GENTILEZA e a PAZ.

Ana Cláudia Bessa www.futurodopresente.com.br

Cristiane Iannacconi www.ciclicca.blogspot.com

Letícia Dawahri http://sorrisosdaalma.blogspot.com

Monique Futscher www.mimirabolantes.blogspot.com

Renata Matteoni www.rematteoni.wordpress.com

Se você gostou do conteúdo e quer se juntar à nós, publique esta carta agora em seu blog e vamos todos juntos mostrar que queremos uma sociedade melhor e que estamos prontos para o desafio de criar pessoas melhores.

Não tem blog? Mande a carta por e-mail aos amigos, dissemine esta idéia.

Além disso, vamos imprimir e levar para a escola de nossos filhos para conseguir que ela seja distribuída nas agendas  aos outros pais. Vamos agir, vamos movimentar a sociedade. Vamos mostrar a importância que a presença dos pais tem na vida das crianças, futuros cidadãos.

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A experiência mais marcante da minha vida foi o nascimento dos meus filhos, cada um modificou-me de uma maneira diferente. Com o Gui, nasci para a maternidade. Já com a pequena Bia, aprendi que não posso controlar tudo como tanto desejo. Beatriz nasceu com 33 semanas, numa cesárea de emergência, daquelas que às 20 horas descobri que não tinha mais líquido amniótico e à meia-noite entrava no centro cirúrgico, notando a apreensão no rosto dos médicos, a conversa reservada do obstetra com meu marido… Enfim, digo que nesse parto eu não me emocionei e sim fiquei muito, muito tensa, infelizmente. Ninguém se prepara para ver um filho nascer antes da hora. E meu sonho de parto normal? Foi por água abaixo com a delicadeza da resposta: mãe, sua bebê pode não resistir…

Por que estou escrevendo sobre isso agora? Minha bebezinha, que nasceu com 1.890 kg e precisou ficar 11 dias internada para ganhar peso, vai completar 2 anos. Rápido? Demais!!! É clichê, mas o tempo voa mesmo… Hoje ela nem de longe lembra o pequeno cristal frágil que foi, é sapeca, levada, fofa, meu chiclete – e conserva a inquietude e a pressa em viver tudo possível, rs. Por isso, ao ler essa carta de um prematuro no blog Pequenos Guerreiros, não pude deixar de me emocionar.

Deus, obrigada por tudo! Continue olhando por nós e abençoe imensamente os pequeninos que agora estão em UTI neonatal, bem como suas famílias.

Carta de um prematuro a seus pais – tradução de Carta de un prematuro a sus padres – Argentina

A meus pais,

Para todos sou um prematuro porque nasci antes do tempo.

Prematuro, como se fosse algo ruim…

Muitos me olham com apreensão, outros com pena e compaixão e alguns até com curiosidade.

Mas eu queria dizer a vocês, meu pais, que por favor me olhem como a um filho.

Não temam fazê-lo.

Nascer antes do tempo não é culpa de ninguém, e para amar e ser amado não é necessário ser grande.

É claro que me falta ser mais maduro e até então necessito dos outros, especialmente de meus médicos e enfermeiros.

Mas a vocês, meus pais, posso vê-los e senti-los.

Preciso muito de seu carinho, tenho certeza que vocês também do meu.

Por que não pensar o quão sortudos fomos de poder nos vermos antes da hora?

É bom nascer já grande mas se estamos juntos da mesma maneira, não é tão ruim pesar pouco e ser prematuro.

(Extraído do prólogo do Guia para Padres de Prematuros)

Beatriz, 1 ano e 11 meses

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“Slipping through my fingers all the time

I try to capture every minute

The feeling in it

Slipping through my fingers all the time

Do I really see what’s in her mind

Each time I think I’m close to knowing

She keeps on growing

Slipping through my fingers all the time”

 

Sim, o tempo voa, ela está crescendo muito rápido e desde que começou na escola sinto o quanto está “escorregando pelos meus dedos”, já que não faço parte de alguns momentos do seu dia. Eu ando na fase Mamma Mia, as músicas do ABBA são lindas, o filme é divertido, perfeito para rir, cantar, dançar junto. E especialmente essa música me emociona demais…

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Tanto tempo sem escrever sobre a minha duplinha! Gui está um rapaz amigo, com 12 anos, aficcionado por tudo relacionado a Lego e a Star Wars (assunto da vez), ainda naquela alternância de momentos de doçura e momentos de mau-humor – Deus, dai-me paciência! Só quer conversar em inglês conosco, tornando-se mais seguro no uso do idioma. Passou a reclamar com constânica dos passeios em família, principalmente se for aniversário infantil, o que me aborrece demais… Tem lido menos do que eu gostaria, porém entendo que sua rotina diária é bem puxada. Atualmente está lendo Prova de fogo, Pedro Bandeira, e terminou a leitura de Infância roubada, Telma Guimarães, para um trabalho da escola. Aos poucos vou me adaptando a essa nova fase, aprendendo junto com ele e a cada dia me espantando com o quanto as crianças crescem rápido. Pisquei os olhos e tenho um rapaz falante, super curioso, esperto e questionador ao meu lado!

Bia está com 1 ano e 10 meses, uma graça, tímida e desconfiada com estranhos, ao mesmo tempo, uma figurinha. É meu chiclete, carinhosa, tudo dá beijo, tudo é a mamãe (amo isso, nem preciso dizer!). Adora bolsas, óculos, colares, uma peruinha. Adaptou-se à escola, amém! Não pode ver um papel, passa um bom tempo desenhando ou brincando de massinha. Curte cuidar das suas bonecas, colocar pra dormir, pentear, uma mini mamãe! Descobriu-se uma foliã no Carnaval, ou seja, herdou toda a carga genética da dança da família – por aqui, ninguém gosta de Carnaval, no entanto, a pequena queria seguir os blocos em Recife Antigo e não parava de dançar com o frevo! Fala pouco, entende tudo e apronta que é uma beleza, não posso bobear que ela está subindo onde não deve ou comendo pedra, na melhor das hipóteses. Ama água e começou nas aulas de natação. Só quer fazer as refeições sozinha. É bem bagunceira, ligada no 220V, o que não a impede de adorar contemplar a chuva caindo na janela do seu quarto. Cada dia é uma descoberta, para ela e para mim!

Fico feliz com o desenvolvimento dos meus filhos, com suas conquistas, tropeços e alegrias. Infelizmente não consigo registrar no blog com a mesma velocidade que tudo acontece.

PS: Eu estou bem, obrigada, com a cabeça no aniversário da pequena, mil ideias, pra variar, vontade de fazer tudo ao mesmo tempo! Uma gripe absurda derrubou a casa inteira um pouco antes do Carnaval e até eu, depois de anos, entrei no antibiótico. Viajamos para João Pessoa ainda em fevereiro, só não foi 100% porque a Bia estava gripada… Esse período virótico foi punk, mas passou! Voltei à academia com afinco e estou contente por ter algumas horinhas só para mim. E termino com uma fotinho da minha Carmem Miranda no frevo:

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Seguimos confiantes na adaptação escolar e na escolha que fizemos para a Beatriz. Assisti a esse vídeo na reunião pedagógica da escola da pequena e ele expressa muito bem os sentimentos que nossos filhos tem perante o novo, o desconhecido, os primeiros dias na escola… Medo, tristeza, angústia, surpresa, tudo passa se estamos por perto e tornamos esses momentos mais agradáveis. Por isso, se você é mãe e também já pensou em desistir, voltar atrás, tirar seu filho da escola por achar que ele está infeliz longe de você, não desanime! É um período realmente complicado (e permeado de sentimento de culpa…), mas acredite, ele (a) precisa da sua segurança para caminhar sozinho e se desenvolver emocionalmente. É isso que tem me deixado menos triste e aceitado essa separação transitória de quatro horas!

PS: O texto “O fantasma da adaptação escolar”  foi escrito por essa mãe coruja em 2008, quando sequer pensava viver momentos tensos  assim novamente!

Video do livro Onda, de Suzy Lee (Cosac Naify)

Fotografia da Beatriz transformada em aquarela.

Dessa onda eu não tenho medo, mesmo que o mar esteja repleto de tubarões!

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1 ano, 9 meses e 7 dias. 24 horas por dia eu e Bia, Bia e eu, com a ajuda apenas do papai ou do mano. Nada de babá, vovó, tia… Só nós duas mesmo. Mas eu JURO que pensei que a adaptação escolar seria fácil… Estou moída, sentindo-me a pior mãe do mundo, ponderando se esse é mesmo o momento de ela ir para a escola, culpa, culpa, culpa… Bia voltou a acordar de madrugada (e vai pro meu quarto, claro), tem acordado aos berros na soneca de dia, está agressiva (deu para bater nas pessoas, ela, que é tão carinhosa, agora tem reagido com tapas por qualquer contrariedade) e não desgruda do seu Soninho que só era usado para dormir. Culpa, mãe, é por sua culpa…

Por horas me irrito com o choro (e me culpo mais por perder a paciência), queria que ela ficasse bem, feliz, com tantas amiguinhas já conhecidas na mesma sala, como pode??? É um tal de mamãe, mamãe… choroso que me parte o coração assistindo da sala ao lado. Ao mesmo tempo, quero pegá-la no colo e levá-la embora de lá… Pois é, meus filhos sofrem desse mal, a adaptação do Gui quando saiu da creche e foi para uma escola maior também foi traumática, a ponto de eu ter que tirar dias de férias para ficar com ele, ajudando-o nessa transição. E, assim, vou conhecendo toda a rotina da escola, os funcionários etc. mas não arredo meu pé de lá enquanto não deixá-la segura, sorridente e muito feliz. Quem foi que disse que seria fácil?

Espero voltar logo com boas notícias.

O que vou encontrar nesse novo mundo?

Quem vai segurar minhas mãos quando eu tiver medo?

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Há doze anos atrás eu não pestanejei quando precisei voltar ao trabalho e escolhi colocar o Guilherme, então com apenas quatro meses, numa creche. A mulher segura, independente e dona do seu nariz acreditava que sabia o que era melhor para o seu filho. As pesquisas não confirmavam que as crianças criadas em creche eram mais sociáveis e até super inteligentes? Por que eu deveria me questionar se essa decisão era ou não acertada? Afinal, também precisava trabalhar, e muito, num regime de “escravidão”, com horas-extras e às vezes até aos sábados (sem contar o MBA, os cursos de extensão, tudo que tomava um tempo que seria do meu filho). Mesmo que muitas vezes eu saísse da creche aos prantos ao deixar meu bebê ainda dormindo, que me corroesse de raiva porque o Gui ficava chamando a tia Bá até nos finais-de-semana ou que ele emendasse uma virose em outra, só trocando o nome do antibiótico, não, essa foi a minha sábia opção: creche integral, mãe ausente e muito produtiva, bem remunerada, trabalhando na empresa que sempre sonhou, feliz, mas emocionalmente aos pedaços.

E por que essa historinha? Porque chegou a vez da Beatriz, com quase dois anos, ir para a escola. Cedo? Tarde? Sinto que é a hora dela. Dessa vez, vivo um momento completamente diferente. Sou apenas mãe, num longo período sabático por opção ao lado das minhas crias. E aquela menina de nariz em pé que tinha como prioridade crescer na empresa, ter uma carreira acima de tudo, hoje se vê dependente de uma pequerrucha e questiona se é ou não a hora de ela ficar longe de mim por tanto tempo (quatro horas!). Mudei? Sim, demais. Ah, as pesquisas também, agora afirmam que crianças que vão pra creche precocemente são mais estressadas e com problemas emocionais do que aquelas que vivem a primeira infância ao lado da mãe. Sério mesmo? Só para eu me culpar mais ainda… Se errei com o Gui foi acreditando que era o melhor para ele, para mim, para nossa família, para a realização de outros sonhos. Hoje ele é um adolescente inteligente, feliz, seguro e muito criativo – mas também super ansioso, estressa-se com facilidade e tem dificuldades em perder…

O início do ano tem sido marcado por essa nova mudança na dinâmica da minha família, a escolha da escola ideal, comprar o material, o uniforme, pensar em como será a nossa adaptação. Porque a adaptação será mais da mãe do que da bebê! Desde que a Bia nasceu vivemos em “simbiose” total, o pai vai trabalhar, o mano passa o dia todo fora, somos só nós duas grudadas, em casa, no parquinho, inventando brincadeiras e diversões. Mesmo sabendo que preciso de um tempo para resolver minhas coisas e voltar a pensar em mim, não sei como será ao fechar a porta do apartamento e não encontrar a Bia, que estará feliz e faceira na escola. Com certeza ela vai se adaptar fácil, é uma espoleta que precisa desse momento, do espaço para brincar, das outras crianças para interagir… Talvez a mãe aqui, que inúmeras vezes reclama do cansaço de cuidar exclusivamente das crianças sem ajuda de ninguém, vai precisar se adaptar a ser ela mesma, modificada, com outras certezas. E aí, sim, retomar o curso da minha carreira, com outros olhos, vivenciando plenamente o papel de mãe que a natureza me confiou e que lá atrás eu não pude valorizar como deveria, sendo adepta da frase: sou uma mãe de qualidade e não de quantidade. Será que estou preparada para essa mudança? Será que meus filhos entenderão minhas escolhas tão diferentes? Ambas tiveram um único intuito: ajudá-los a crescer como pessoas seguras, independentes, felizes. E, claro, muito amadas.

PS: Está rolando uma blogagem coletiva sobre Mulher e Mercado de Trabalho bem interessante, promovido pelo What mommy needs, confiram!

PS2: Com a pequena na escola, terei mais “tempo” para voltar a atualizar o blog como antes… Mesmo que seja para escrever sobre ela e o irmão!

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Há doze anos você chegou e transformou minha vida: tornei-me mãe. Há doze anos que aprendo ao te ensinar, procurando melhorar como ser humano nessa difícil tarefa da maternidade. Conserva os traços da meninice ao entrar na adolescência, quando para mim sempre será meu bebê. Deus ilumine seus passos, suas decisões, seu caminhar… Vê-lo crescendo feliz, seguro, um pequeno rapaz simpático e muito amigo, é uma dádiva. Sei que novos desafios surgirão nessa etapa da sua vida, espero estar preparada para isso e que as sementes plantadas possam de fato florescer. Se um dia estivermos distantes, serei sempre sua estrela a guiar seus atos. Somos um só, meu amor, obrigada, obrigada! Obrigada por ser meu filho. Você não imagina o tanto que te amo.

Essa música fez parte da retrospectiva da filmagem do seu aniversário de um ano e até hoje me emociono ao ouvi-la. Tanto já escrevi sobre você, para você, aqui no meu blog! Deixarei registrado um pouco dos seus aniversários.

 

 

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Recebi esse texto na reunião bimestral do colégio do Guilherme e gostaria de compartilhá-lo com os pais amigos.

A difícil arte de dizer não aos filhos

(Do livro “Repositório de Sabedoria” vol I, Educação)

Você costuma dizer “não” aos seus filhos? Considera fácil negar alguma coisa a essas criaturinhas encantadoras e de rostos angelicais que pedem com tanta doçura? Uma conhecida educadora do nosso País alerta que não é fácil dizer não aos filhos, principalmente quando temos os recursos para atendê-los. Afinal, nos perguntamos, o que representa um carrinho a mais, um brinquedo novo se temos dinheiro necessário para comprar o que querem? Por que não satisfazê-los? Se podemos sair de casa escondidos para evitar que chorem, por que provocar lágrimas? Se lhe dá tanto prazer comer todos os bombons da caixa, por que fazê-lo pensar nos outros? E, além do mais, é tão fácil e mais agradável sermos “bonzinhos”…

O problema é que ser pai é muito mais que apenas ser “bonzinho” com os filhos. Ser pai é ter uma função e responsabilidade sociais perante os filhos e perante a sociedade em que vivemos. Portanto, quando decidimos negar um carrinho a um filho, mesmo podendo comprar, ou sofrendo por lhe dizer “não”, porque ele já tem outros dez ou vinte, estamos ensinando-o que existe um limite para o ter. Estamos, indirectamente, valorizando o ser. Mas quando atendemos a todos os pedidos, estamos dando lições de dominação, colaborando para que a criança aprenda, com nosso próprio exemplo, o que queremos que ela seja na vida: uma pessoa que não aceita limites e que não respeita o outro enquanto indivíduo.

Temos que convir que, para ter tudo na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e provavelmente com muita “flexibilidade” ética, para não dizer desonesto. Caso contrário, como conseguir tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer “não” se nunca lhe fizeram crer que isso é possível e até normal? Não se defende a ideia de que se crie um ser acomodado sem ambições e derrotista. De forma alguma. É o equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida às vezes se ganha, e, em outras, se perde. Para fazer com que um indivíduo seja um lutador, um ganhador, é preciso que desde logo ele aprenda a lutar pelo que deseja sim, mas com suas próprias armas e recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe dará tudo, sempre, e de “mão beijada”.

Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é apenas consumismo caprichoso. Estabelecer limites para os filhos, é necessário e saudável. Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer. Mas já se teve notícias de pequenos delinquentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa. Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importância de aprender a difícil arte de dizer não. Vale a pena pensar na importância de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem.

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O esforço pela educação não pode ser desconsiderado. Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da família universal.

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