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Archive for 9 de maio de 2008

O domingo é dia das mães e eu gostaria de deixar uma reflexão de presente para as mães amigas do blog. Foi a maternidade que me aproximou da blogosfera e, no nosso dia, que possamos não só agradecer pelas bênçãos de ser mãe, mas também parar e refletir sobre como estamos cumprindo nosso papel no mundo.

Feliz dia das mães! Desejo que vocês recebam muitos beijos e dengos daquele que é o seu maior presente. 😉

Estarei ausente por um bom motivo e volto em breve com novidades!

Beijos

As donas do futuro – Texto de Martha Medeiros – ZH 09/05/04

(Recebi esse texto por e-mail e não consegui confirmar a autoria. Em todo caso, como adoro a Martha Medeiros e o texto é ótimo, vale compartilhar com vocês)

Hoje é dia de paparicar as mães, mas gostaria também de aproveitar este domingo para fazer uma reflexão sobre o nosso papel neste mundo insano que está aí. Sei que é função tanto do pai quanto da mãe educar seus filhos, mas na maioria das famílias ainda é a mãe que passa mais tempo com as crianças, então vai para as mulheres este recado: temos o futuro nas mãos.

Reconheço que nos atrapalhamos bastante com esta história de trabalhar fora e ainda assumir as tarefas de casa, mas já deu para se adaptar. O ritmo vai ser assim daqui por diante, frenético. Só que isso não pode impedir que nossos filhos recuperem o lugar de honra que já tiveram em nossas vidas.

Não adianta parir, apenas. É preciso ter cuidado com os exemplos que a gente dá, com o nível do tratamento que a gente usa em casa, com a qualidade da nossa presença.

Não basta dar mesada e mochila nova: a gente tem que dar respostas. Tem que cobrar civilidade. Tem que estar atenta para os silêncios e as distâncias. Tem que reunir o pessoal em torno da mesa, tem que perguntar, se interessar, abrir o jogo, falar sobre tudo, ouvir o que eles têm a dizer, não ter receio de impor limites, ser agradável, ser amorosa e ser tirana, se for preciso – e será preciso.

Os filhos da gente não devem se habituar à humilhação e à exclusão, assim como não devem se achar mais importantes do que os outros. Não podem acreditar que ser desonesto é esperteza, não podem deixar de pagar suas dívidas, não podem achar que se forem agressivos serão mais respeitados. É por causa destes pequenos descuidos que formamos pitbulls que brigam em boates, irresponsáveis que fazem rachas na rua, patricinhas que só pensam em consumir, alienados que não fazem idéia do mundo em que vivem.

Eu sei, não é justo carregar sozinhas este fardo: tem a televisão, os colegas, as drogas, as desilusões, vários outros fatores que influenciam a gurizada também, mas nada é páreo para a estrutura familiar. Arrancando bem, as chances de eles fazerem uma boa corrida aumentam bastante.

Ninguém é obrigado a ter filhos. Nascemos escutando: “tem que procriar, tem que procriar!”. Não mesmo. Se você não se sente disposta a ceder o seu tempo para educar crianças, não se sacrifique. Todo mundo pode ser feliz sem filhos. O que não pode é tê-los apenas para cumprir os rituais impostos pela sociedade e depois jogá-los ao vento. Se os teve, assuma-os, tome conta, proteja, eduque, crie cidadãos, faça o possível para não despejar na sociedade futuros corruptos, futuros malandros.

É muita responsabilidade para as pobres mães? Se é: uma responsabilidade colossal, para mães e pais. Só não é absoluta porque há outros fatores em jogo, como foi dito, mas quem assina o projeto somos nós. A gente não gostaria de ganhar de presente um país melhor? Não vai ser a cegonha que vai trazer.

Termino com uma foto que eu adoro: eu, minha mãe e meu filho. Obrigada, mãezinha, por ter me recebido como sua filha!!!!

UPDATE:

Resolvi compartilhar alguns textos que li nos blogos amigos ou naqueles que acompanho via Google Reader. Li, gostei e recomendo!

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